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Sob pressão, Anatel já admite mudar regras do leilão do 3,5GHz

15.07.11 Radiodifusores, operadores de satélite e mesmo as teles insistem para que a Anatel seja cautelosa nas atribuições da faixa de 3,5 GHz porque mesmo com o uso ainda muito reduzido dessa freqüência em algumas explorações de WiMAX no país, as empresas já sentem interferências na recepção dos sinais captados pelas parabólicas. O tema ganha especial dimensão devido as estimadas 20 milhões de antenas dessas espalhadas pelo país - grosso modo, um terço dos domicílios assistem televisão graças às parabólicas.

A grita aumentou com a proposta do edital da faixa, uma vez que está sendo cogitado o aumento da potência dos equipamentos de WiMAX - de 3 mW para até 30 mW, o que assusta as empresas. Segundo elas, não há equipamentos de filtragem de sinais que dêem conta de evitar as interferências, especialmente em potência ainda maior do que as já utilizadas.

"Já começamos a tratar disso e vamos fazer os testes. Se constatarmos o problema, podemos reduzir a potência ou deixar uma banda de guarda ao não licitarmos uma parte da faixa de 3,5 GHz", explicou o conselheiro Jarbas Valente. Essa banda de guarda seria, de acordo com avaliações da Anatel, de 35 Mhz - a faixa de 3,5 GHz tem 230 MHz, sendo que 100 MHz já foram licitados.

A consulta pública sobre o edital já foi adiada - segue até agosto - e até que o assunto chegue ao Conselho Diretor a expectativa é de que os estudos já tenham sido concluídos. Valente não acredita, no entanto, que a licitação acabe sendo cancelada.



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